O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou críticas nesta terça-feira (2/7) às políticas de flexibilização do porte de armas e à proliferação de Certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs) e escolas de tiro durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
“O governo passado passou quatro anos liberando armas. Quem comprava arma não era uma pessoa íntegra. Uma pessoa séria não quer comprar armas, pode ter uma para sua proteção, mas não deseja adquirir 50 armas, fuzis, bombas”, destacou Lula em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA).
Lula também criticou a criação de mais de 3 mil CACs e escolas de tiro, considerando essas medidas desnecessárias e potencialmente prejudiciais ao controle da segurança pública.
No primeiro dia de seu mandato, Lula anunciou medidas para restringir o acesso às armas.
PEC da Segurança
O presidente antecipou que planeja uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e chefes de governos estaduais para discutir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) voltada à segurança.
“Queremos apresentar uma proposta para aprovar uma PEC que clarifique o papel de cada ente federativo, assegurando maior segurança pública para o povo”, afirmou Lula. Ele também enfatizou a necessidade de avaliar o envolvimento do governo federal não apenas com financiamento, mas com ações efetivas na área da segurança.