A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma ordem para interromper a publicidade irregular do suplemento de fibras alimentares destinado a combater o intestino preso, conhecido como “Xô Xuca”. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 24 de outubro. Apesar disso, o produto ainda poderá ser fabricado e vendido, desde que não seja promovido por meio de publicidade.
A Anvisa tomou essa medida devido às propagandas enganosas que relacionam o suplemento, composto por psyllium, chia e linhaça, à substituição da prática conhecida como “chuca”, que se refere à lavagem intestinal, uma técnica de higiene da região anal. Além disso, o suplemento foi divulgado com alegações terapêuticas para doenças graves, o que motivou a ação da agência reguladora.
A Anvisa justifica que enfatizar a “chuca” na publicidade pode induzir a um entendimento equivocado por parte dos consumidores. Portanto, a determinação impede a promoção do produto com base nesse conceito.
A proibição de publicidade se estende a todos os canais, incluindo sites, redes sociais, provedores de conteúdo e lojas online em plataformas eletrônicas de venda, que estejam sob a responsabilidade da empresa que produz o suplemento “Xô Xuca”.
A empresa que comercializa o produto alegou que o consumo regular do “Xô Xuca” elimina ou reduz consideravelmente a necessidade da “chuca”. No entanto, a Anvisa reforça que um enxágue tradicional nunca deve ser substituído por suplementos alimentares. A agência ressalta a importância de evitar a publicidade enganosa e alegações terapêuticas não comprovadas, particularmente em produtos relacionados à saúde.