Desde o início de seu mandato em janeiro de 2023, o governo Lula tem enfrentado um cenário de deterioração política na Câmara, no Senado e até internamente em sua equipe ministerial. Além disso, há um descontentamento social crescente em relação à sua gestão e uma deterioração econômica visível. Entretanto, essa situação não parece estar refletida nas tradicionais pesquisas de opinião.
Diversos levantamentos de empresas de sondagem indicam que a aprovação do presidente Lula continua a melhorar. Esses dados, no entanto, contrastam com a realidade das ruas, onde a oposição da opinião pública é crescente e a base eleitoral da esquerda está fragmentada. Muitos eleitores que apoiaram Lula em 2022 estão agora expressando arrependimento pelo voto.
Os sinais de descontentamento são evidentes na sociedade. Em Brasília, as discussões legislativas no Congresso refletem claramente as tensões políticas, enquanto a população manifesta sua insatisfação nas ruas e nas redes sociais. No cenário econômico, a retirada de apoio a Lula é visível, com críticas intensificadas ao líder petista.
Apesar dessa realidade, os institutos de pesquisa sugerem uma melhoria na aprovação de Lula. Um exemplo disso é a pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10), que aponta que 54% dos eleitores aprovam o trabalho de Lula, enquanto 43% o reprovam. Outros 4% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O resultado mostra que a aprovação voltou a se descolar da reprovação. Em maio, os percentuais eram de 50% e 47%, indicando um empate técnico entre os dois indicadores.
A pesquisa Quaest também sugere que 53% dos entrevistados não consideram as falas de Lula como a principal razão para o aumento do dólar, enquanto 34% acham que sim. Contudo, é fato que as declarações de Lula têm impacto no mercado, gerando insegurança entre investidores e contribuindo para a alta do dólar. Esse impacto não pode ser ignorado, apesar das percepções divergentes apresentadas pelas pesquisas.