Após Leonardo Dicaprio fazer um post no Twitter pedindo para que a população brasileira regularize o título de eleitor e chamando a atenção para como o voto pode impactar o futuro da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu o artista. A “interação” dos dois ocorreu nesta sexta-feira (29/4) pelas redes sociais.
A postagem de Leo dizia: “O Brasil abriga a Amazônia e outros ecossistemas críticos para as mudanças climáticas. O que acontece lá é importante para todos nós e o voto dos jovens é fundamental para impulsionar a mudança para um planeta saudável”, na sequência o ator compartilha um link com o passo a passo para regularizar o título de eleitor.
Bolsonaro então respondeu a mensagem ironizando o apoio do ator. “Obrigado pelo apoio, Leo. É realmente importante ter todos os brasileiros votando nas próximas eleições. Nosso povo decidirá se quer manter nossa soberania sobre a Amazônia ou obedecer aos trapaceiros que servem a interesses especiais estrangeiros”, ironizou Bolsonaro, em inglês. “Bom trabalho em ‘O Regresso””, acrescentou, em referência ao filme que rendeu um Oscar, em 2015, ao ator norte-americano. DiCaprio é um forte crítico da política ambiental, ou melhor, da falta dela, no governo Bolsonaro.
Na sequência Bolsonaro também comentou que em uma postagem em 2019 sobre as queimadas na Amazônia, Leo teria usado uma foto antiga para falar do tema.
A estratégia é vista como uma tentativa de engajamento do mandatário nas redes sociais já que o ator tem muito mais seguidores do que ele. O chefe do Executivo possui 7,8 milhões pessoas que acompanham seu perfil oficial do Twitter. Já DiCaprio, tem 19,6 milhões, ou seja, mais do que o dobro.
Além disso, o presidente citou indiretamente o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) para punir a disseminação de fake news, ao comentar o a troca de fotos na postagem de 2019. “Tem gente que quer prender brasileiros que cometem esse tipo de erro aqui em nosso país. Mas sou contra essa ideia tirânica. Então eu te perdoo. Abraços do Brasil!”, completou o presidente.
Fonte: Correio Braziliense