O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), avisou a aliados que não deve renunciar ao cargo nesta quinta-feira (31/3) para concorrer à Presidência da República, como previsto. Porém, para parte dos tucanos, isso poderia ser uma jogada de Doria para pressionar o partido.
Segundo fontes do governo paulista, Doria já comunicou a decisão ao vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que assumiria o comando do estado para tentar reeleição em outubro.
Interlocutores de Doria dizem que, embora ele não pretenda renunciar, mantém o compromisso de não disputar reeleição ao governo paulista e de apoiar Garcia em outubro.
Se confirmada, a decisão abrirá caminho para que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, passe a figurar como o candidato do PSDB à Presidência da República.
Nessa semana, Leite anunciou que renunciaria ao cargo de governador e permaneceria no PSDB para tentar se viabilizar como candidato da chamada “terceira via” ao Palácio do Planalto.
A decisão de Doria irritou bastante Rodrigo Garcia. O atual vice-governador contava com o peso do cargo de governador que assumiria para alavancar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.
Pesou na decisão de Doria a falta de apoio interno dentro do PSDB à sua candidatura. O governador paulista vem tendo resultado pífio nas pesquisas, com baixíssima intenção de voto e alta rejeição.
Aliados veem como jogada
Entre aliados de Eduardo Leite, o movimento de Doria foi visto como uma “jogada” política para pressionar a direção do PSDB a garantir que ele será o candidato da sigla ao Planalto.
Fonte: Metrópoles